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Coaching funciona mesmo?

Vamos falar sobre um tema polêmico? Te deixo essa pergunta: Coaching funciona mesmo?


"Joana, mas por que você traz essa interrogação?"


Ultimamente, parece que todos são coaches e têm métodos para tudo. A profissão virou uma febre.


Lembro de um dia em que vi que existia até coach para design de barba. Pensei: como deturparam uma profissão que pode ser tão potente, transformadora e séria, transformando-a em algo tão generalizado?

Aproveito para deixar claro: não tenho absolutamente nada contra barbeiros.


Mas vamos entender de onde surgiu essa profissão pela qual sou apaixonada?

Na Grécia Antiga (século V a.C.), filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles já utilizavam métodos de questionamento e reflexão que se assemelham ao que hoje chamamos de coaching. O método socrático, por exemplo, incentivava a descoberta de respostas por meio do diálogo.


Mais tarde, o termo "coach" passou a ser usado na Universidade de Oxford, na Inglaterra, para descrever tutores que ajudavam os alunos a se prepararem para exames — ou seja, “transportavam” os estudantes de onde estavam até onde queriam chegar (como uma carruagem, coach em inglês).


Entre as décadas de 1950 e 1970, o coaching começou a se associar ao desempenho esportivo, com técnicos (coaches) ajudando atletas a maximizar seu potencial.

Mais adiante, as técnicas do esporte foram adaptadas ao contexto empresarial, surgindo o coaching executivo e o coaching de vida como práticas distintas.


Thomas Leonard, um dos pioneiros do coaching moderno, fundou a Coach University em 1992 e, depois, a International Coach Federation (ICF), da qual sou associada, em 1995 — uma das principais entidades reguladoras do coaching no mercado internacional e nacional até hoje.


Alguns nomes como Marshall Goldsmith, Tony Robbins, John Mattone e Frances Hesselbein são extremamente respeitados mundialmente e impactaram a vida de milhares de pessoas.


Na minha vida, o coaching chegou como um presente — daqueles passos que damos sem entender, no momento exato, o impacto que terão, mas que, com o tempo, fazem todo o sentido.


Fiz minha formação em 2015, na Newfield Network — uma das melhores escolas do mundo. Jamais imaginei que o coaching se tornaria uma das minhas principais atividades, uma das que mais amo e em que vejo impacto profundo nas pessoas que acompanho.


Já faz mais de 10 anos que o coaching ontológico entrou na minha vida. Desde então, acompanhei muitos caminhos — executivos em altos cargos, empresários, fundadores de startups, psicólogos, profissionais de diferentes culturas e áreas. Caminhos com um ponto em comum: a vontade de entender melhor a si mesmos. A ontologia, que significa “estudo do ser”, trabalha três grandes dimensões: linguagem, emoção e corpo.


Na linguagem, trabalhamos com os 5 Atos da Fala por meio dos quais nos comunicamos e criamos realidades — individuais e compartilhadas: Pedido, Promessa, Oferta, Declaração e Afirmação. Cada um desses atos possui técnicas específicas que nos ajudam a interagir de forma mais estruturada e coerente com os outros.


Nas emoções, trabalhamos com as sete principais que existem em cada um de nós desde os tempos mais primitivos: Raiva, Tristeza, Medo, Alegria, Erotismo, Ternura e Gratidão. Cada emoção nos leva a uma forma de estar no mundo e influencia como enxergamos e interagimos com a realidade.


Todas as emoções têm importância, potência e luz — assim como sombra. Identificar o que se está sentindo, dialogar com essas emoções, compreender suas origens e impactos nos permite habitar o mundo de forma mais consciente, inteira e livre dos padrões inconscientes.


O corpo é o veículo por meio do qual vivenciamos a vida. Ele está diretamente ligado às emoções e à mente, expressando — muitas vezes sem nossa consciência — a forma como nos relacionamos com o mundo e com o que sentimos e pensamos.


Na ontologia, falamos em cinco disposições corporais ao movimento: Estabilidade, Resolução, Flexibilidade, Abertura e Centro. Cada uma dessas posturas, assim como os atos da fala e as emoções, se conecta com a forma como nos colocamos no mundo. E há toda uma teoria e conjunto de técnicas que me permitem ajudar o coachee a transformar a maneira como enxerga e interage com sua vida e com as pessoas ao redor — tanto na esfera profissional quanto pessoal.


Quando trabalho com meus coachees utilizando essas técnicas, convido-os a olhar para dentro com coragem. A reconhecer padrões, silêncios, dores e bloqueios — e a transformar tudo aquilo que não faz mais sentido em suas vidas ou que os impede de caminhar, de se expressar e de experimentar novas formas de existir. E, assim, evoluir e alcançar metas e objetivos.


“Ah, Joana, mas como isso funciona na prática?”

Primeiro, o coachee chega com um ponto que precisa ser trabalhado. Sempre digo que esse ponto será o farol que ilumina nossa avenida principal — mas, ao longo do caminho, muitas vezes precisaremos entrar em ruas paralelas para explorar certos “nós” que, aparentemente, não têm relação com o objetivo, mas que, na verdade, estão profundamente conectados.


Seguimos nessa jornada com encontros quinzenais (ajustados caso a caso), em conversas profundas, ricas e transformadoras.


É importante destacar que coaching é diferente de mentoria — embora eu atue nas duas frentes. Mas esse é assunto para outro texto!


Nesses últimos 10 anos, vi muitas histórias sendo revisitadas e transformadas. Situações de burnout que foram cuidadas e superadas. Traumas relacionados a assédio que foram elaborados e ressignificados. Relacionamentos que se tornaram mais leves. Pessoas que aprenderam a se posicionar, a colocar limites, a confiar em sua própria voz. Traumas de morte, abandono e abuso que foram acolhidos e superados.


Trabalhei com pessoas que chegaram até mim com os mais diversos desafios — e também fui contratada por grandes empresas, startups e empresários, dentro e fora do país.


Tudo isso não é mágica. É técnica. É processo. É presença. É trabalho conjunto.


A verdade é que ninguém pode trilhar esse caminho por você — mas é muito difícil percorrê-lo sozinha. O papel do coach é ser espelho, provocação, companhia segura nesse mergulho.


Quando existe confiança, permissão e vontade, o coaching se torna um espaço potente de cura e criação. Um lugar onde é possível questionar, sentir, repensar escolhas, desafiar verdades antigas e construir novas possibilidades para a vida.


Talvez você esteja em um momento assim. De dúvida. De transição. De incômodo.

Talvez esteja tudo “bem demais” — mas lá no fundo você sabe que tem algo fora do lugar. Ou que poderia ser mais leve, mais autêntico, mais seu.


Se esse texto te tocou de alguma forma, talvez seja a hora de investigar isso com mais profundidade.

Quer conversar sobre como o coaching pode te ajudar nesse momento? Clique no botão abaixo e vamos agendar um bate-papo inicial. Para começar sua jornada, te deixo a primeira aula gratuita do meu curso Sem Querer ou de Propósito, assista e depois volte aqui para me contar. Vamos juntos?


Com carinho, Joana Madia.




 
 
 

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