Como criar espaços de conversa verdadeiramente transformadores. FEEDBACK: ainda um grande tabu!
É curioso observar que, mesmo em 2025, continuo percebendo nos atendimentos que realizo e nos executivos que acompanho o quanto o tema do feedback permanece desafiador.
Vivemos em uma sociedade onde se conversa pouco — especialmente quando o assunto envolve diálogos difíceis e desafiadores. Considerando nossa trajetória como humanidade, será que fomos educados para transformar espaços de conversa em ambientes acolhedores? Não necessariamente confortáveis ou prazerosos, mas em lugares onde possamos estar presentes, dialogar e construir resultados comuns e significativos.

Pense na escola que você frequentou: essa prática foi incentivada? Na sua família de origem, o hábito de conversar de forma aberta e genuína existia? Por que tememos tanto uma boa conversa?
O diálogo tem duas vias fundamentais: a fala e a escuta. Escutar é uma verdadeira arte. Quanto mais escutamos, observamos e sentimos, mais preparados estamos para responder com falas cuidadosas, assertivas e potentes.
Outro ponto intrigante: por que acreditamos que abrir uma conversa inevitavelmente levará a desfechos negativos e pouco construtivos? Será que entramos nesses diálogos de forma genuinamente aberta, com escuta ativa e imparcial? Essa postura nos ajuda a distinguir nossas próprias opiniões e julgamentos daquilo que o outro realmente está comunicando.
E quanto ao papel do gestor: quem carrega maior responsabilidade na relação líder-liderado? Quem deve preparar o ambiente para que confiança, respeito e abertura estejam presentes em uma conversa produtiva de feedback?
Como líder, você está realmente preparado para escutar ou apenas para transmitir suas observações?
Uma prática eficaz para feedbacks é começar pedindo que a pessoa se autoavalie. Enquanto o liderado compartilha sua visão, o líder pode costurar a conversa, trazendo sua própria perspectiva, citando exemplos práticos, validando percepções, reconhecendo desafios e colaborando para construir estratégias para o futuro.
E você, como líder, está aberto a receber feedback? Relações de mão dupla, fundamentadas em confiança e respeito, fortalecem conexões e promovem equipes mais engajadas. Afinal, uma equipe que confia na liderança cresce em conjunto, organiza-se melhor e atinge suas metas com eficácia, não é mesmo?
Ao longo da minha jornada, colecionei histórias que mostram o poder transformador de quem se dispõe a treinar essa habilidade.
E você, já refletiu sobre isso?
Vamos juntos nessa caminhada? Boas conversas e feedbacks construtivos!
Até breve,
Joana Madia
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