Vamos falar sobre a efemeridade da importância? Sobre como valorizamos experiências, momentos e pessoas e, depois, tudo passa?
Não estou dizendo que, por ser passageiro, algo não tenha valor. Eu, que aqui te escrevo, sou uma das pessoas mais apegadas — no bom e no mau sentido — às experiências, emoções e pessoas. Mas venho aprendendo que tudo, absolutamente tudo na vida, um dia vai morrer, de uma forma ou de outra.
Te convido a uma reflexão: quantas “mortes” você já teve na vida? Quantas vezes viveu algo que, em determinado momento, era fundamental e, de repente, por mudanças na vida, nos valores ou na forma de pensar, perdeu sua importância?

Gosto bastante de uma filosofia chamada Estoicismo, fundada no século III a.C., que prega a busca pela virtude, pelo autocontrole e pela aceitação do destino. Ela nos ensina que a felicidade não vem de fatores externos, mas da maneira como reagimos a eles.
O estoicismo encoraja a prática do Memento Mori (“lembre-se de que você vai morrer”). Ao contrário do que muitos pensam, essa reflexão não é mórbida, mas um lembrete para viver plenamente, sem apego excessivo ao que é efêmero.
Aqui estão algumas reflexões estoicas que gosto:
"Tudo o que vemos passará e será esquecido. Pense sempre na fugacidade da vida e aja de acordo."
Amor Fati significa "amar o destino", ou seja, aceitar e até abraçar as mudanças inevitáveis da vida, sejam elas boas ou ruins.
"Não são os eventos que nos afetam, mas nossa interpretação deles." Ao entendermos que todas as dores e alegrias são transitórias, ganhamos mais resiliência e liberdade emocional.
Você não pode controlar tudo, mas pode controlar sua atitude e ações.
Para mim, a vida é uma grande montanha-russa: às vezes estamos no topo, outras lá embaixo; às vezes de ponta-cabeça, outras bem devagar. Quando possível, temos uma vista linda — e é fundamental apreciá-la, pois rapidamente ela pode desaparecer.
É essencial viver, sentir e demonstrar emoções, porque, em algum momento, a montanha-russa da vida — ou daquele instante, daquela experiência — vai acabar. Os loopings, as curvas, os frios na barriga, os berros, o medo, as mãos suando… tudo é efêmero. As lindas e desafiadoras vivências têm seu prazo para acabar, assim como a importância que damos a elas.
Por isso, deixo esta reflexão: como você vem vivendo seus Carnavais?
Te convido agora a ler, com calma — muita calma —, uma das letras mais bonitas que conheço, para mim, uma verdadeira oração!
Até breve, um abraço e quem sabe um dia nos encontramos em um desses carnavais,
Joana Madia.
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