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5 coisas que eu, Joana, aprendi em meio ao Entre Elas!

Em fevereiro deste ano, lancei um lindíssimo projeto chamado Entre Elas – uma mentoria exclusiva para mulheres. Um lugar seguro para acolher, transformar, curar, resplandecer e se encontrar. E por que decidi criar este projeto? Por algumas razões que explicarei a seguir:


Legado – mesmo AMANDO atender homens e ver a eficiência nos processos masculinos, sinto que, como mulher, tenho uma missão em poder acompanhar mais e mais mulheres no processo de se encontrar, transformar e curar, para viverem suas vidas de forma íntegra e inteira.


“Querer ser livre é também querer livres os outros.” – Simone de Beauvoir.

Feridas femininas – tem certas feridas que só podem ser curadas junto com outras mulheres – irmãs da vida que se reconhecem e honram as diferentes dores e desafios, e que, com respeito e compaixão, caminham de mãos dadas, uma ao lado da outra, em busca da evolução.


"Liberdade é o direito de transformar-se." – Lauro de Oliveira.




Preparando o mundo para novas gerações – quero um mundo melhor para as mulheres que nasceram depois de mim, e as anciãs têm um papel fundamental nesta cura, transformando este mundo em um lugar mais acolhedor e respeitoso com as mulheres. E as mulheres mais jovens, mais fortes e preparadas para caminharem nessa jornada chamada vida.


"Toda mulher precisa, em algum momento, morrer simbolicamente para renascer em sua própria verdade." – Clarissa Pinkola Estés.


Minha dor, nosso remédio – muitos de vocês não sabem, mas fui uma mulher muito ferida pela vida. Saí de um lugar chamado inferno, construí minha vida e sou muito feliz e realizada como mulher em todas as minhas nuances. Nada melhor do que poder compartilhar esses caminhos, esses remédios, essas sombras que se transformaram, virando luz, força e esperança com outras mulheres.


“Se você tem uma cicatriz profunda, ela é uma porta; se você tem uma história muito antiga, ela é uma porta... Se você anseia por uma vida mais profunda, mais plena, por uma vida sã, isso é uma porta." – Clarissa Pinkola Estés.


Realização – ao caminhar com outras mulheres, realizo um sonho profissional e vou construindo meu legado nesta vida. Esta jornada me faz muito feliz e, desta forma, coloco minha vocação em prática.


“Você é sem querer ou de propósito?” – Francisco Madia.




E olha o mais legal: mesmo com todas essas razões para fazer um movimento como este, venho também sendo presenteada e alimentada nesta jornada. Por este motivo, compartilho aqui 5 coisas que aprendi em meio ao Entre Elas:


1. A sabedoria das anciãs: Mulheres que já viveram e que trazem, em cada fala, troca e expressão, uma experiência absurda de vida. Um silêncio sábio de quem tem muito a falar, mas escolhe o lugar e a hora que deseja falar. Que não perde energia desnecessariamente, e que se preserva da forma mais encantadora possível, entregando sua potência apenas para quem, quando e como deseja.


2. Em minha jornada, aprendi que nós, mulheres, somos geradoras de vida. Aqui digo muito mais do que vida humana – falo de criatividade, de inspiração, de novos caminhos e ideias, além da capacidade linda de agregar, de criar pontes, de empatizar com as diferentes perspectivas, de acolher. Esta é nossa essência. Se estamos presentes nela, ou desconectadas dela, isso é outra questão. Mas é lindo ver quando um grupo feminino se junta, conduzido desde este lugar de respeito, força e compaixão. Através das mãos de uma pessoa com esta habilidade de mediar, pode ser transformador e curador. Quase um ato revolucionário!


3. Existe um fio invisível que nos liga – independente das diferenças de crenças, corpos, cores, educação, cultura, profissão etc., somos feitas do mesmo barro. Nossos corpos têm o mesmo “chip” de funcionamento. Todas nós sabemos, em algum lugar dentro de nós, o que são as dores femininas – seja dos nossos corpos em seu funcionamento, nossos desafios sociais ou profissionais, ou as consequências de ocuparmos lugares que nós, mulheres, estamos ocupando desde que nos conhecemos neste mundo, e que estamos nos esforçando para mudar. Só nós sabemos o quanto, muitas vezes, temos que nos debater interna e externamente para mudar nosso estar no mundo, para nos libertarmos de correntes invisíveis que nos aprisionam. Por este motivo, quando uma fala – mesmo que as outras não tenham o mesmo desafio ou história – todas se conectam e se acolhem em um lugar de muito respeito e empatia.


4. Só nosso feminino pode nos curar – como é potente trabalhar a dor de alguém sabendo, sentindo e se identificando com suas experiências, quase como vestindo seus sapatos. Esta é a magia que acontece quando mulheres se unem em volta de uma “roda de conversa”, para uma caminhada coletiva, em um processo de cura. Se a dor nasce do feminino, apenas o feminino pode curar. É o invisível que nos acolhe no olhar, na fala mansa e carinhosa, no abraço acolhedor – muitas vezes, até sem abraçar. É na generosidade daquelas que podem gerar uma vida em seus corpos, e que compreendem a magnitude disso, mesmo sem ter gerado, mas carregando em sua formação humana a bênção da multiplicação. Este é o nosso poder. Agora imagina dezenas de nós juntas? Quanta potência!


5. Às vezes, nossa maior cura está na escuta: já vi tantos olhares funcionarem como mãos estendidas a um coração que tem desafios. A sabedoria do feminino não se expressa na ação, e sim na inação. E isso não tem nada a ver com estar fraca ou não ter opinião, mas sim com a inteireza de um coração aberto para uma escuta amorosa, de qualidade, potente e profundamente acolhedora.


Às vezes, tudo o que precisamos é do silêncio que compactua pactos, experiências e histórias de vida. Por vezes, precisamos de telespectadores de nós mesmas, para nos lembrar daquilo que somos, quando acabamos nos atropelando. Em outros momentos, apenas necessitamos de uma pessoa que nos escute, enxugue nossas lágrimas e abrace nossas almas. Este é o poder da escuta da mulher silenciosa – sábia, que considera e pondera. Que não busca acertar, mas simplesmente acompanhar.


Outro dia, li esta frase de Leymah Gbowee – uma ativista africana encarregada de organizar o movimento de paz que colocou fim à Segunda Guerra Civil da Libéria em 2003 – e amei:


"Women matter, in all matters."

É sobre amor, sobre vida, sobre evolução, cura, crescimento e transformação. Se nós geramos vida, nós transformamos a vida.


Passei muito tempo sem acreditar em mim. Sem achar que era capaz. Filha de uma guerra interna profunda e de um vazio avassalador. Hoje, não mais. Me sinto completa, inteira e potente. Se eu me sinto assim – mesmo entre os desafios da vida que fazem parte desta jornada chamada vida –, por que não acompanhar outras mulheres nesta jornada?


Te convido a fazer parte desta caminhada comigo, com elas, no Entre Elas. Se isso faz sentido para você, entre em contato comigo. Será um prazer ter você neste grupo.


Até breve,

Joana Madia.

 
 
 

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